O meu quarto é o meu mundo
Sinto-me escondido e transparente
Numa ambiguidade insconsciente
Talvez descentralizado do sentido correcto
A estrada que percorro deixa-me buracos para tropeçar
Mas ultrapasso-os e sinto-os bem longe…
Vejo alguém mas percebo que ninguém me pode ver
Ou então vêem mas acreditam que sou invisível
Desenho os risos de uma sociedade destroçada
E sinto-me capaz de ir em frente
Mas a cor do medo torna-me isolado e afasta-me
Olho à volta e tudo é estranho
Quantas palavras são preciso dizer?
Quando mundos há para percorrer?
Qual o sonho que nos diz o que fazer?
Quando finalmente tudo se assemelha a um céu azulado
As cores amarelas, verdes e azuis rapidamente se unem numa só
Quanta rebeldia neste mundo inexistente que começo a percorrer
Quanta mágoa existe nestes sub-humanos que se começam a esconder
Quanta injustiça existe nestas 4 paredes mágicas e alegres…
O meu quarto é o meu mundo
E é com ele que quero ficar…