Desgaste emocional (letra musical)

Um dia sem nada
Um destino que se perdeu
Sentimentos e sofrimentos
Numa vida de acabado

Um dia com tudo
Um anjo que apareceu
Desejos e alegrias
Num percurso começado

Livra-te da morte
Agarra-te à vida
Fica com a sorte
Constrói um caminho com saída

A confusão instalada
As ideias que desapareceram
Um dia com tudo e outro com nada
Com destinos que se esconderam

Livra-te da morte
Agarra-te à vida
Fica com a sorte
Constrói um caminho com saída

Distúrbios

Sei que um dia
Te sentes confusa, sem nada para dizer
Sei de uma história
Que contaste, sem nada a esconder
Mas eu acreditei
Por vezes até sonhei
Com um dia te perceber

A cada passo que ando
Por vezes sem sentido
Vejo uma luz
Que marcaste, com um ar destemido
Mas eu bem falei
Por vezes até fracassei
Por uma noite te compreender

Corpo voraz

Cair do berço
Para berrar com a vida
Crescer num abrigo
Para consagrar o povo
Nascido com varicela
Para ver a aberração
Crescer em buracos de árvores
Para sair desta angústia

Infecto em forma de feitiçaria
Para encontrar a forma abençoada
Péssimo, na forma de sofrimento
Para raspar a sua memória

Não há razão para espreitar na
rua do sofrimento
Nenhum problema para fugir da fúria
Essa história dá-nos livremente
Um verdadeiro espírito
Ocultar com duração para ver
O animal maduro com terrores
Para destruir a sua natureza...

Infecto em forma de feitiçaria
Para encontrar a forma abençoada
Péssimo, na forma de sofrimento
Para raspar a sua memória

Conto-te ao ouvido

Se vagueio nas tuas lágrimas
Talvez um dia possa sentir saudade
Junto estou contigo
Nada importa a liberdade

Se não me escondo para ver
Desenho e pinto uma canção
Não te vejo mas sinto
Algo maior que o perdão

Se algum dia me perder
Cerco a clara tempestade
Tenho-te mas longe
Às vezes não traz felicidade

Se importa o carinho e o amor
Então nós vamos conseguir
Nós juntos somos felizes
Para sempre vamos sorrir

És ou pareces ser?

Passeio por vezes
Como se fosse sonhador
Pareço um barco à deriva
Num mar pecador

Passeio por vezes
Como se fosse alguém
Pareço um sorriso rasgado
Num ser que não tem

Passeio por vezes
Como se prestasse serviço
Pareço uma nuvem cinzenta
Num céu de papel esquiço

Passeio por vezes
Como se tivesse coragem
Pareço uma gaivota
Numa ínfima paisagem

Passeio por vezes
Como se parte sem saber
Pareço um desejo
Numa peça a quem pertencer

Passeio por vezes
Como se o destino se fizesse
Pareço uma estrela
Numa noite que se esquece

Sentimento longínquo

Espreito e consciencializo algo fútil e ignorante
Uma rosa deixa de crescer e pede cedência para se esconder
Se eu pintasse tudo de forma fugaz e desprezante
Talvez hoje não existia e persistia algo que não se quer perder

Peço desculpa às paredes se um dia as fiz sofrer numa noite perdida
Mas através delas consigo imaginar e transbordar o sonho pela janela
Se conseguir sair deste mistério, posso ir mais além com uma sombra colorida
Posso lutar mas sozinho não consigo e se algo me consumir só penso nela

É injusto o que deixo para trás e algo que me coloriu o belo futuro
Talvez seja por ser assim que nos dói algo que não se pode ouvir
Se um dia o céu se voltar a mudar já sei que é dia e terei de passar o muro
Sinto sem olhar algo lacrimejante com uma chama sempre a sorrir

Beco do Amor Verdadeiro

Saio para a rua ampla, nua e crua
Para quem confesso estar rendido a um só sentido
Porque te sinto tão longe, com uma coragem como a tua
Levo comigo lembranças mas prefiro não imaginar

Persisto e vagueio por mundos sós e de corpo entregue
Parte-se um vidro no caminho como se fosses tu a estalá-lo
Vou longe e espero como que uma luz que vem de ti me segue
Escorrem-me medos mas não dou de beber às incertezas

Não sei quando chegarei mas uma só dor faz lembrar um sorriso
Devotam-se esperanças num só veio que te reflecte a dormir
Longo o caminho mas que me faz gostar deste chão que piso
Intímas saudades que sobraram e que quebram a cor do silêncio

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Autor:

Rodrigo Marques
Vila Nova

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Sobre o blog

Este é um blog, onde através de alguma inspiração e vontade de escrever, pretendo desabafar e desanuviar tudo o que me vai no consciente e na alma.

São tudo poemas e textos da minha autoria.

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